quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O Castelo e Avignon


Bonjour!
Na manhã do dia 13, levantamos cedo, café da manhã na pousada, e pé na estrada. Falando em café, vale a pena comentar que a manteiga aqui é branca e muito leve, deliciosa... O destino agora foi um pouco alterado, pois deveríamos ir direto para Avignon. Conversando com o dono da pousada, ele nos informou que havia um castelo na cidade de Grignan, muito bem conservado e com um pequeno povoado em volta, e que valeria a pena fazer a travessia pelas montanhas. Rumamos para lá.
O vento continuava violento. Viemos a saber mais tarde que a região de Avignon é açoitada constantemente pelos ventos fortes... Ninguém havia dito isso antes e confesso que incomoda muito!
No castelo, depois de umas três frases com a recepcionista, ela começou a falar português e disse que era
francesa, com pais brasileiros. Não parecia querer ter muita relação com o Brasil, mas falou um bom português... A visita valeu a pena. Vários móveis e decoração ainda estão intactos. Muito legal... Com a revolução francesa, a maior parte das propriedades burguesas foi destruída e saqueada. Muita coisa teve de ser reconstituída e, parte do que vemos nem sempre é precisa, por falta de documentos.
Seguindo nosso novo rumo, a próxima cidade era Valreas, um pequeno vilarejo nas montanhas no qual deveríamos achar um vinho local, muito bem indicado. Paramos para comer e procurar o danado, porém a comida foi 10 mas o inglês zero. Conseguimos saber somente que o vinho era produzido em algum lugar a esquerda de um mercado, a 100km dele. Ficou para trás, claro. Bora pra Avignon. No caminho, inúmeros vinhedos compunham o visual, todos retorcidos pela seca. Existem inúmeras pontes, a maior parte sem água sob.
Avignon pelo guia parecia uma cidade não muito grande, porém ao nos aproximarmos, parecia a cidade mais americana da europa. Muitos shoppings como lá e um clima nada hospitaleiro. Lembram do inferno de vento de Montelimar? Dobrem!!! Tripliquem!!! Frio e vento, uma combinação nada agradável. Saímos também de uma ótima pousada para um Ibis de 12m2. Já deu pra sentir a decepção. Não havia restaurante no hotel, logo tivemos que sair para comer. Entramos no primeiro lugar que deu para fugir do vento, minto o primeiro era um restaurante vietinamita. Imaginem vocês lendo um cardápio de restaurante vietinamita em francês. Fala sério! O segundo era um self service, bonito mas um quinto de boca. Montamos dois pratos fuleiros e houve o episódio do sal.
Mari foi temperar sua salada e percebeu a ausência do sal. Solicitou a ajuda de uma senhora que não a entendeu mas tentou ajudá-la ainda sim. Uma criança que estava próxima, também solícita, começou a falar "sauce" e apontar o catchup e a mostarda. A senhora vendo que não tinha êxito, resolveu chamar outra que falava um "pouco" mais de inglês. A terceira envolvida olhava e fazia a famosa cara de conteúdo. Nestas o gerente percebe um alvoroço, se aproxima e resolve a questão. Louco, né? As guerras entre ingleses e franceses os deixaram um pouco isolados nesta questão de língua.
Findo o jantar, vento de novo, frio de novo e quartinho de novo...
PS1: A foto do prato aí em cima é o meu almoço. O jantar não foi dígno de foto.
PS2:Queremos ir embora logo de Avignon...

Um comentário:

  1. Au Revoirrrrr

    ....Essa França tá mto light...só saladas!!!
    Kd os doces maravilhosos...quero crème brûlée!!!
    rs
    Bjks

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