Bonjour!
Hoje, levantamos com o desejo de aproveitar Nice e, com o espírito de aventura para entrar no mar.
Ainda no café da manhã, fomos surpreendidos por um convite da galera do hotel para um churrasco. Todo o staff do hotel, mais alguns hóspedes foram convidados. Legal!
Bem, saímos cedo e decidimos uma caminhada para esquentar, e deixar que o sol fizesse a parte dele. Fomos a colina do castelo, sendo que este já não existe mais. Sobrou apenas o jardim com uma vista maravilhosa. Não dá pra cansar de ver a cor do mar... Para chegar ao alto da colina, tem que se fazer algum esforço, via uma bela escadaria, de elevador (pagando, é claro) ou de carro, com estacionamento e tudo. Descobrimos isso depois de subir tudo.
Dada a vontade de entrar na água, descemos e fomos procurar o melhor lugar para ficar. No primeiro bar da praia, havia várias pessoas de terno e gravata almoçando. Não parece bom. No segundo, faltavam espreguiçadeiras de praia. Também, não bom. O terceiro parecia ideal: espreguiçadeiras e exatamente duas vagas. Descemos e fomos ao encontro do garçom. Bonjour. Bonjour. I want a chair on the beach. First line, Second line or Third line? Excuse me, sir? Yes. 16 euros, 14 euros or 12 euros per person. What?!? Tentei argumentar que iríamos almoçar no local, e ele só faltou nos perguntar: E daí? 32 euros para sentar na primeira fila. Nem se eu fosse passar o dia inteiro. Mais uma oportunidade de negócio em Nice. Aluguel de cadeira de praia e acessórios.
Óbvio que saímos dalí e sentamos nas pedras mesmo. Mari testou a água até os joelhos e decidiu que seria tudo. Já estava suficiente. Eu optei por cair dentro. Se tinham vários nórdicos dentro da água, não devia ser tão mal assim. Agora vem o outro lado. O bar da praia também iria servir de vestiário, afinal nós estávamos com a galera do frio, até então. Agora, eu precisava colocar o calção, na frente da arquibancada de velhinhos e transeuntes do calçadão. Detalhe: Só trouxemos uma toalha de rosto do hotel... Recomendo a técnica da abstração. Abstraia a presença de todos e imagine que é a coisa mais natural do mundo.
Bem, não sei se hoje estou em alguma foto na internet, mas troquei. Quanto a água, é como entrar em cachoeiras. É frio pacas quando entra, continua frio durante, e só melhora quando sai. Valeu! Como diríamos eu e Américo, pode ser o último banho de nossas vidas...
Agora é comer para esquentar. Só utilize os restaurantes da praia para beber. Recomendamos sair da avenida da praia, e comer na quadra de trás, onde existem inúmeros restaurantes e, dada a proximidade com a Itália, ótimos italianos. Comemos em um deles. Parecia filme da máfia. O dono era um velho baixinho e os dois garçons tinham cara de gangsters. Boa parte dos italianos que entraram foram recebidos com beijos nas bochechas e alguns tapas calorosos nas faces. A arte imitando a vida...
Torta de limão
Tiramissu - A busca continua...
Agora, era hora de pensar no churrasco do fim de tarde. Primeiro, sou vegetariano e tinha que estar preparado para não passar fome, depois, sabe-se Deus o que se come em um BBQ europeu. Até Mari poderia se dar mal. Bem, compramos pão, manteiga, alho e queijo para assá-los. Podiam nos chamar de loucos, mas estaríamos lá.
O churrasco foi muito descontraído, e assaram só embutidos e costeletas de cordeiro. Utilizam vários molhos depois, para temperar. Ainda tinha uma boa salada e as "invenções" de nós brasileiros (pão com alho e provolone na brasa). Não sobrou nada.
Chegou um cara com violão e começou a tocar, chegaram os amigos e as amigas dos amigos, logo, havia umas 30 pessoas. Detalhe: Só dois franceses.
Agora falando das bebidas, tinha tudo: vinho quente, cerveja, algo parecido com kirsch, porém de pêssego e tão forte quanto, servidos aos shots, whisky cowboy, Campari e, óbvio, vinho. Tudo junto e misturado. Cada hora uma rodada diferente... Foi bom, mas acabou às 22hs, com todos ajudando a recolher tudo e arrumando o ambiente. 22:30hs todos já tínham dispersado.
Nós, como estamos hospedados, foi deitar e dormir.
Boa noite.